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COMO TUDO
COMEÇOU |
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ANO |
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0000 |
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Tudo começou com Adão, é claro. |
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Não sabemos qual foi o primeiro Vaccaro
ou de nome semelhante como Vacario, Vaccari etc., mas uma coisa é certa: O
gen vem desde a mais remota antiguidade, desde os primeiros séculos da
existência do homem. Se interpretarmos o GÊNESIS literalmente, o gen vem
desde de Adão, o que vale dizer que Adão também foi um Vaccaro. A réplica
também é verdadeira, de que todo Vaccaro é um tipo de Adão. |
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1810 |
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Mas, a historia da nossa linhagem da
família VACCARO, até onde pudemos pesquisar por ora, vem desde
aproximadamente 1810, com o nascimento de nosso ancestral paterno, GIOVANNI
VACCARO. Esta é nossa TERCEIRA GERAÇÃO NA ITÁLIA. |
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1844 |
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Depois, por volta de 1844, nasce o filho
de GIOVANNI, com o nome de GIÁCOMO VACCARO. |
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1864 |
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O GIÁCOMO VACCARO casa-se com GIOVANNA
ANSELMO, no dia 6 de Abril de 1864, em Baldaria de Cologna Vêneta, VR. |
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Do lado materno, da ILDA FORTUNATA
SAMOGIN, a Segunda Geração na Itália vem de GIÁCOMO SAMOGIN e REGINA
BORTOLETTO. |
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Esta é nossa SEGUNDA GERAÇÃO NA ITÁLIA. |
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Não temos informações da vida deles na
Itália. Era uma época de disputas pelo formação do Novo Reino da Itália,
visto que o Reino da Itália proclamado em 1806 havia caído. Não temos
conhecimento até onde estiveram envolvidos com essas disputas. |
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1871 - ABRIL |
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Em 13 de Abril de 1871 nasce ARCÁDIO
VACCARO, em BALDARIA, uma frazione de COLOGNA VENETA, na província de VERONA,
na região do VÊNETO. Filho do GIÁCOMO VACCARO e GIOVANNA ANSELMO. |
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1875 |
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Depois, em 1875 nasce ILDA FORTUNATA
SAMOGIN, em SUSEGANA, na província de TREVISO, também na região do VÊNETO.
Filha de GIÁCOMO SAMOGIN e REGINA BORTOLETTO. |
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Tanto COLOGNA VENETA em VERONA como
SUSEGANA em TREVISO, ficam na região da pianura (planura), já no início da
região collinare (das colinas), onde é o inicio da cadeia Alpina. |
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Esta é nossa PRIMEIRA GERAÇÃO NA ITÁLIA.
A geração que imigrou para o Brasil. |
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1890 |
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Supostamente, no ano de 1890 o ARCÁDIO
entrou para o serviço militar no Distrito de Verona, It. |
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Até então, lidava com fabricação e venda
de queijos, com os pais. Ele mesmo contou para o filho LEONEL que lidava com
uma carrocinha e um burro (ou burrica), transportando e vendendo queijo. |
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A indumentária típica de um alpino, era
exatamente esta: Acompanhado com uma mula e uma mochila com queijo e polenta
dura, |
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1891 - JUNHO |
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Em 17 de junho de 1891 o ARCÁDIO deu
baixa do serviço militar conforme informado na Lista di Leva. |
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Na Itália, a maior parte dos VACCAROs
estão nas regiões centro e sul. Sabemos que por volta de 1800 os nossos
Vaccaros já habitavam na região Alpina, ao norte da Itália, exatamente em
Baldaria de Cologna Veneta, uma região de planuras, bem próxima das primeiras
colinas onde se iniciam os Alpes italianos. |
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A VIAGEM |
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1891 - NOVEMBRO |
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Nessa época, o ARCÁDIO e a ILDA
embarcaram para o Brasil. Vieram em navios diferentes. Não sabemos se já se
conheciam na Itália. |
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Ele veio pelo vapor Solferino, e
desembarcou em Santos em 10 de Novembro de 1891, com 20 anos de idade,
deixando na Itália o pai Giácomo, a mãe Giovanna e as irmãs Doménica e Parma.
Nunca mais trocaram notícias. Foi um adeus para sempre. |
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Ela, veio pelo vapor North América, e
desembarcou em Santos em 12 de Novembro de 1891, com 16 anos de idade. Apenas
dois dias depois do ARCÁDIO. Veio com o irmão GIORDANO SAMOGIN com 22 anos e
a irmã FOSCA SAMOGIN com 18 anos. A Fosca foi conhecida na família com o nome
de GIUDITA. |
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O fato do Arcádio nunca mais ter trocado
noticias com a família na Itália, deve-se aos seguintes fatos: Não se sabia
escrever muito bem; Na condição econômica que se encontrava, papel e caneta
eram produtos caros; Também a postagem era cara; e outras dificuldades da
época, |
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Longe de pensar em rompimento com a
família, pois ao primeiro filho que lhe nasceu colocou o nome de GIÁCOMO em
honra ao nome de seu pai. |
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OS NOSSOS
ITALIANOS NO BRASIL - O COMEÇO |
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Sabe-se que o ARCÁDIO foi para a
Hospedaria do Imigrante, e trabalhou alguns dias no Brás como enfermeiro.
Nunca soubemos onde tinha aprendido enfermagem. Talvez no exército italiano,
de onde saira a pouco. |
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ACONTECEU COM A ILDA |
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Contava-se que a ILDA (no Brasil, IDA)
ficou algum tempo em Santos, e foi trabalhar de doméstica em uma casa de
pessoas ricas. Certa ocasião durante um almoço chic, com alguns convidados
ilustres, o senhor da casa lhe pediu que trouxesse um copo (no italiano coppo significa telha).
Ela estranhou, retrucou, mas ele insistiu. Queria mesmo um copo. Havia ali,
nas proximidades um resto de construção, e ela, apanhou uma telha e levou até
a sala do almoço. Todos riram muito, e ela sentiu-se deprimida com tudo
aquilo, mas foi consolada depois pela senhora. Era um menina de apenas 16
anos de idade. Estava em um país estranho cuja fala não entendia. |
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1893 |
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Sabemos que nesta época já estavam todos
em SÃO MANUEL, O GIORDANO, a FOSCA (GIUDITA) a ILDA e o ARCÁDIO, pois na
igreja matriz de São Manuel, no dia 19 de Agosto de 1893, foi celebrado o
casamento da FOSCA SAMOGIN, irmã da ILDA, com JESUS AMBRÓSIO. Além da ILDA,
do GIORDANO e da FOSCA, havia um outro Samogin chamado EUGÊNIO SAMOGIN, que
deve ter vindo depois, ou antes, em outro navio. Até onde se sabe os SAMOGINs
eram todos irmãos. |
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Provavelmente, todos trabalhavam em
fazendas de café e gado, fazendo todo o tipo de serviço. |
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ACONTECEU COM O
GIORDANO |
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Conta-se que em certa ocasião o GIORDANO,
estava ajudando castrar bezerros. Ele se encarregava de deitar o bezerro no
chão, pegar as duas patas traseiras do bezerro e segurá-las abertas para o
outro fazer o serviço de castramento. Quando o outro terminou o castramento
lhe disse: Larga (Em italiano allargar significa
alargar, ou abrir mais) O outro vendo que ele não
soltava as pernas do bezerro e ainda as abria mais, gritava larga, larga,
laaaaaarga ... Pobre bezerro! Foi o jantar daquele dia. |
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Falando ainda do Giordano, sabe-se que
por volta de 1959 ele havia perdido a audição e porisso teve um fim trágico.
Caminhava pela linha do trem, talvez indo ou vindo da roça, quando foi
atropelado por uma composição. Não sabemos quanto filhos teve, mas um,
chamado JOSÉ SAMOGIN teve vida pública em Baurú e foi homenageado com o nome
de uma Rua. Rua José Samogin. Por sua vez o José teve um filho chamado JOSE
ROBERTO. Este. por sua vez, gerou o JOSÉ ROBERTO JUNIOR que tem hoje ( 2007 )
um escritório de advocacia em Bauru. |
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ACONTECEU COM O
ARCÁDIO |
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O ARCÁDIO tinha a falta do dedo mínimo
da mão esquerda. Ele mesmo contava que estava cortando capim com um facão,
próximo a um tronco de árvore caído, e, em dado momento, quando levantou um
punhado de capim cortado uma cobra veio pendurada em seu dedo mínimo. Para
que o veneno não entrasse na corrente sanguínea, ele apoiou a mão sobre o
tronco caído, abriu bem os dedos, e com o mesmo facão que cortava o capim
decepou o próprio dedo, ainda com a cobra presa a ele. Ficou somente com uma
falange do dedo mínimo da mão esquerda. |
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O CASAMENTO
e as NOVAS GERAÇÕES |
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1894 |
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Aos 16 de junho de 1894 ARCÁDIO e ILDA se
casam na igreja matriz de São Manuel. |
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De 1896 a aproximadamente 1916 tiveram 6
filhos e 4 filhas. |
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A ILDA morreu em São Manuel aos 60 anos
de idade, em 1935. |
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No nome do ARCÁDIO VACCARO está o
patriarcado da família VACCARO de SÃO MANUEL e região. |
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A NOBREZA
DA FAMÍLIA |
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Muitos são os que buscam na sua
ascendência reis, príncipes, duques e barões. |
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Não é raro ouvir pessoas afirmarem, com
insegurança total, que são descendentes de tais, mas não sabem os seus nomes;
Citam nomes de cidades e paises, como também datas completamente desconexas,
e por aí vai... |
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Até a terceira geração de italianos,
achamos na nossa ascendência em BALDARIA de COLOGNA VENETA, VR, IT, o
GIOVANNI VACCARO, que foi o pai do GIÁCOMO VACCARO, que por sua vez foi o pai
do ARCÁDIO VACCARO. Os filhos do ARCÁDIO com suas mulheres. Nem reis, nem
rainhas, nem duques e nem duquesas e tampouco barões e baronesas, mas sim,
gente simples e laboriosa, dotada de princípios e valores cristãos, que
sempre lutou e viveu com dignidade. |
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A nossa primeira geração de italianos, o
Arcádio e a Ilda, viveu pobre, sem mesmo ter a habitação própria. Tiveram 10
filhos vivos e todos começaram a trabalhar muito cedo. Foi uma vida dura, de
muito trabalho. |
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A primeira geração no Brasil, os 10
filhos do Arcádio e da Ilda, já conquistou a habitação própria, mas não
possuiu maiores bens ou destaques na sociedade. Tiveram formação escolar
precária, pois muito cedo já tiveram que enfrentar o duro trabalho das
fazendas de café. |
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A segunda geração, já conquistou muito
mais. Imóveis, automóveis, etc. Alguns se tornaram prósperos empresários. |
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A terceira geração conquistou mais ainda,
e a maioria conquistou formação superior, alguns na área de humanas e outros
de exatas, o que revela a versatilidade do gen. |
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Da primeira geração de italianos, conheci
o nono Arcádio. Da primeira geração de brasileiros, meus tios e tias, conheci
todos. Da segunda geração, meus irmãos e irmãs, primos e primas, quase todos.
Da terceira geração conheço bastante gente, mas sei que a quarta geração já
nasceu, e a quinta já está vindo aí. Os horizontes estão abertos para que
cada um possa mostrar afim de que veio. |
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A vida é como um game ( jogo ). Tem
milhares de regras que não podem ser violadas. Cada um deve somar-se a
sociedade humana de forma que esta seja uma só equipe. Terá mais pontos
aquele que melhor se entrosar na equipe, sem cometer faltas. |
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A História continua É uma história sem fim. Agora é a sua vez. |
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Setembro de 2008 |
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Pr. Walter Vacario |
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A ITÁLIA NO SÉCULO XIX ( 1800
a 1899 ) |
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Época da
nossa 3a, 2a e 1a Geração na Itália |
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1796 |
Durante as guerras da
revolução francesa, Napoleão Bonaparte expulsou a Áustria do norte da Itália. |
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1797 |
Napoleão
deu o Vêneto para a Áustria e
fundou a República Cisalpina ( futura Itália ). Por pouco não somos todos
austríacos. |
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1800 |
A região de Piemonte
foi dada a França. |
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1800 |
A República Cisalpina
muda de nome para República Itálica. |
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1806 |
A República itálica
se torna o Reino da Itália, sob o trono de Napoleão I |
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Napoleão I caiu, e
inicia-se várias revoltas. |
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A Áustria é expulsa e
Cavoir inicia um movimento para a formação do Novo Reino da Itália. |
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1860 |
A formação do novo
Reino da Itália se fortalece com a conquista de Nápoles por Garibaldi. |
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1866 |
A formação do novo
Reino fortalece-se ainda mais com a Prússia entregando o Vêneto. |
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1870 |
Finalmente
o Reino da Itália é restabelecido com a conquista de Roma por Victor Emanuel
II. A própria Roma se torna a capital do Reino. |
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1914 |
Somente 44
anos depois, a Itália voltou a ter sérios problemas com a eclosão da I Guerra
Mundial e mais tarde com a II Guerra Mundial. |
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IMIGRAR -
FUGA ou CORAGEM |
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Em 1891 quando Arcádio Vaccaro imigrou
para o Brasil, o Vêneto vivia uma época de relativa paz. Não havia guerras há
mais de 20 anos pois em 1870 o Reino da Itália havia se consolidado. O Vêneto
foi liberto do domínio austro-húngaro em 1866, e em 1875 passou a fazer parte
do reino da Itália, sob o governo da Casa de Savoia, do piemonte. |
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Ele fez o serviço militar e deu baixa em
junho de 1891, em um tempo de paz, porem de extrema pobreza. |
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Na verdade ele mesmo nunca viu a guerra,
pois quando nasceu em 1871 o Reino da Itália já estava consolidado a um ano,
e as nações vizinhas estavam relativamente quietas. A atividade militar da
Itália nessa época era de conquistas em território alheio, como a Abissínia (
Etiópia ). |
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Alguns italianos dizem que os imigrantes
fugiram da guerra, para não defender a Itália. Se foi assim com alguns, não o
foi com ARCÁDIO. Na realidade imigrar foi a grande solução, tanto para o
imigrante como para aqueles que ficaram. |
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As conquistas da Itália na Etiópia foram
frustrantes. Houve a interferência do Conselho das Nações e anos depois a
Itália viu-se com o seu próprio território sendo invadido pelos vizinhos. |
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Conquista mesmo foi a invasão do Brasil,
da Argentina, dos Estados Unidos, do Canadá, da Austrália, etc... Que, alem
de não custar nada para a Itália, possibilitou a fundação de muitas Itálias
pelo mundo todo, com cidadãos já preparados para o mundo moderno, sem nenhum
custo, sem conflitos armados, enfim, uma mina. |
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Qualquer estadista vê facilmente esta
mina. Jamais um político a verá, pois está desprovido de senso patriótico. |
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Imigrar foi sim, um ato de enfrentamento
e coragem, partir para uma terra distante, desconhecida, deixando para traz
os entes queridos para nunca mais vê-los. Foi necessário muita coragem e
resignação. |
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Sabe-se que na época as lendas sobre o
novo mundo se multiplicavam. Falava-se de monstros, serpentes, feras
desconhecidas e selvagens ferozes e
outras coisas assustadoras. Mas, maior do que isso era a esperança de
prosperidade em uma terra rica e abundante. Dizia-se que se recolhia dinheiro
com o rastelo. Eles falavam que vinham fazer a América, e a fizeram. Está aí
para quem quizer ver. |
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PORQUE
IMIGRAR |
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A história relata que aquela região
passava por um período de extrema pobreza. A qualidade de vida era a pior que
se possa imaginar. O PIB gerado não correspondia ao tamanho da população e
não havia sustento para todos. |
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O melhor da produção era destinado aos
Senhores da Terra. A Igreja era a proprietária de grande parte das terras,
como também os Senhores, que impunham um trabalho duro aos contadinos
(camponeses) através dos seus vassalos. |
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Há até um provérbio italiano da época,
mas ainda em uso, que diz "Quem se levanta primeiro se veste",
indicando que as roupas não eram propriamente de cada um, e havia pouca
roupa, e pela manhã quem antes chegasse se vestia. |
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Para os contadinos não havia esperanças
de melhoras. Não havia horizontes. Não havia um futuro. |
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Assim, a imigração foi um solução
inteligente, tanto para a Itália da época como para os paises em
desenvolvimento. Para a Itália porque aquele sistema social não comportava
toda aquela gente, se bem que isto agradava os Senhores, pois tinham mão de
obra barata, ou mais precisamente, escrava. Alguém tinha que sair. A
imigração foi também um saída inteligente para os Países em desenvolvimento
porque, com a onda contra a escravatura, principalmente dos negros, havia
falta de mão de obra. |
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Ver texto abaixo "Causas da
Imigração Vêneta" |
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FAZENDO
PLANOS |
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Em 1891 o Arcádio fazia o serviço
militar obrigatório. |
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Vindo de uma vida pobre, teve no exército
novas experiências e conheceu muitas pessoas, e provavelmente compartilhou
com outros ou outros compartilharam com ele a idéia de imigrar. |
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Ele deu baixa do exército em 17/06/1891,
e já em novembro do mesmo ano estava chegando no Brasil. |
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Quanto a sua estada no exército, é fato
verídico. Temos em mãos alguns documentos do Arquivo do Estado de Verona que
comprovam isto, e nos passam outras informações valiosíssimas. Veja. |
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TRANSCRIÇÃO
DA CARTA e da FICHA DE DADOS |
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VER
DOCUMENTO ORIGINAL |
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MINISTERO PER I BENI E LE ATIVITÁ CULTURALI, do ARCHIVIO DI
STATO DI VERONA |
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|
Via Francescine, 4 - VERONA - VR - CAP. 37122 - Tel. 045 594 580
- E-mail: asvr@archivi.beniculturali.it |
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ARCÁDIO VACCARO: Nascimento: 13/04/1871 - em COLOGNA VENETA -
província de VERONA, conforme pesquisa feita no ARCHIVIO DI STATO DI
VERONA, e encontrado no ROLO
MATRICULARE (Lista di Leva) ou SERVIÇO MILITAR, com os seguintes dados: |
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FICHA DE DADOS |
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TEXTO DO DOCUMENTO EM ITALIANO |
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TEXTO TRADUZIDO PARA O PORTUGUÊS |
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DATI E CONTRASSEGNI PERSONALI |
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DADOS E PARTICULARIDADES PESSOAIS |
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Figlio di: GIÁCOMO |
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Filho de: GIÁCOMO |
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e di: GIOVANNA ANSELMO |
|
e de: GIOVANNA ANSELMO |
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Nato il: 13 APRILE 1871 A COLOGNA |
|
Nascido em: 13 DE ABRIL DE 1871 EM COLOGNA |
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mandamento di: COLOGNA |
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comando de: COLOGNA |
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Distretto militare di: VERONA |
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Distrito Militar de: VERONA |
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Statura metri: 1,59 1/2 - colorito: BRUNO |
|
Estatura, metros: 1,595 - Pele: ESCURA |
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Capelli colore: NERO - forma: LISEI |
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Cabelos cor: NEGRO - forma LISOS. |
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Occhi: CASTAGNI |
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Olhos: CASTANHOS. |
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Dentatura: SANA |
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Dentição: SAUDÁVEL |
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Segni particolare: |
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Sinais particulares: |
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Arte o professione: CONTADINO |
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Arte ou Profissão: CAMPONÊS, ALDEÃO. |
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N. 313 d’estrazione nella leva: l871 |
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Número: 313 recrutado da turma de: l871 |
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Comune: COLOGNA |
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Cidade: COLOGNA |
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Mandamento di: “ |
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Comando de: IDEM |
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Circondario di: VERONA |
|
Região de: VERONA |
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Distreto militare di: “ |
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Distrito militar de: VERONA |
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SERVIZI, PROMOZIONI |
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SERVIÇOS, PROMOÇÕES |
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E VARIAZIONI MATRICOLARE |
|
E ALTERAÇÕES DA FICHA DE MATRICULA |
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SOLDADO DI LEVA DI |
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SOLDADO DE RECRUTAMENTO (ALISTADO) DE |
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|
3a. CATEGORIA |
|
3a. CATEGORIA |
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|
CLASSE 1871 |
|
CLASSE 1871 |
|
|
DISTRETTO DI VERONA |
|
DISTRITO DE VERONA |
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E LASCIATO IN CONGEDO ILLIMITATO |
|
E DEIXADO NA
RESERVA SEM RESTRIÇÕES. |
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LI 17 GIUGNO 1891. |
|
EM 17 JUNHO DE 1891. |
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RESUMO
HISTÓRICO - ARCÁDIO e ILDA |
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ARCÁDIO VACCARO e
ILDA SAMOGIN (No Brasil IDA) |
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ELE |
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Nasceu em 13/04/1871 na comune de
COLOGNA VENETA, VERONA, região do VÊNETO, ITÁLIA. Com o nome de ARCÁDIO
VACCARO. |
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CHEGADA AO BRASIL |
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Desembarcou no porto de SANTOS, em 10 de
novembro de 1891, com 20 anos de idade, vindo pelo VAPOR SOLFERINO. Quando
registrou-se no SERVIÇO DE REGISTRO DE ESTRANGEIROS na DELEGACIA DE POLICIA
DE SÃO MANUEL, em 30 de Janeiro de 1942, declarou que o nome do navio era
NORTH AMÉRICA. Talvez por não lembrar-se do nome SOLFERINO citou o nome do
navio que veio a ILDA SAMOGIN, sua esposa. Ele veio sozinho e foi registrado
no Museu do Imigrante com o nome de ARCÁDIO VACCO. |
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MORTE |
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Morte: 26/08/1960 em CORNÉLIO PROCÓPIO,
PR. |
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VARIAÇÕES DE NOME |
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Nos vários documentos existentes,
Arcádio Vaccaro aparece com os seguintes nomes: ARCÁDIO, ARCHANGELO e
ARCÂNGELO, e com os seguintes sobrenomes: VACCARO, VACARIO, VACCO. Ele
assinava Arcádio e também Arcângelo Vaccaro conforme documentos do Arquivo
Nacional. |
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CASAMENTO |
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Casou no Brasil com: |
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ILDA FORTUNATA SAMOGIN (IDA) |
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Provavelmente casaram-se somente na
Igreja. Não foi encontrado o assento do casamento no cartório de S. Manuel. |
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ELA |
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NASCIMENTO |
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Nasceu em 18/05/1875 na comune de
SUSEGANA, TREVISO, região do VÊNETO, ITÁLIA. Com o nome de ILDA FORTUNATA
SAMOGIN |
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CHEGADA AO BRASIL |
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Desembarcou no porto de SANTOS em 12 de Novembro de
1891 com 16 anos de idade, juntamente com GIORDANO SAMOGIN, 22 anos de idade
(Líder) e FOSCA samogin com 18 anos de idade. Vieram pelo vapor NORTH
AMÉRICA. |
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MORTE |
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Novembro de 1935 - Foi sepultada no
cemitério de São Manuel. Seus ossos já foram removidos. |
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VARIAÇÕES DE NOME |
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Nos vários documentos, aparecem nomes
diferentes, como IDA e HILDA, e sobrenomes SAMOGIN que é correto, e raramente
SAMUGIN. No Memorial do Imigrante está registrado SAMOGNI. |
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Causas da Imigração Vêneta |
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Fonte: |
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Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta |
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La Piave FAINORS Federação Vêneta |
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http://www.fainors.com/ |
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Imigrantes a bordo de navio |
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Desta maneira, todos nós viemos do Vêneto |
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Inúmeras
são as causas desse verdadeiro êxodo Vêneto que, no período de
aproximadamente cem anos, esvaziou vilas e cidades, um fenômeno jamais visto
nos tempos modernos. |
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A grande
emigração vêneta fez com que milhares de homens, mulheres e crianças tivessem
que abandonar, desordenadamente e sem auxílio do governo, a terra natal para,
procurar trabalho e melhores condições de vida em lugares distantes e pouco
conhecidos. |
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Em primeiro
lugar, devemos levar em conta a somatória de fatores locais vênetos,
ocorridos nos últimos cinqüenta anos finais do século XIX (18xx a 1900), os
quais, muito contribuíram para romper o relativo equilíbrio existente,
agravando a já tão difícil vida de milhares de pobres agricultores, diaristas
e pequenos artesãos. |
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A população
vêneta, como de toda a Europa, devido a melhoria das condições de higiene,
principalmente com uma maior redução da mortalidade infantil, experimentou
nesse período um aumento importante e nunca conhecido. |
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A
agricultura vêneta nesta época, que antecedeu a grande emigração, era muito
atrasada. Durante centenas de anos muito pouco foi acrescentado em novas
técnicas, desde a introdução da batata e do milho nos séculos anteriores,
produtos estes que contribuíram, ainda no governo da Sereníssima República de
Veneza, para manter a população vêneta mais ou menos equilibrada. Pelo atraso
em que se encontrava, não conseguiu suportar a concorrência de produtos
importados de outros países, principalmente dos Estados Unidos da América,
que chegavam por preços mais baixos. |
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Uma série
de desastres naturais, também se abateu sobre todo o Vêneto neste período,
com secas, inundações, granizo e pragas, contribuindo para agravar a já
deficiente produção agrícola vêneta e a conseqüência foi a fome e doenças
carenciais como a pelagra. |
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O atraso da
Itália em geral, e do Vêneto em particular, também ficava evidente no que diz
respeito a industrialização, movimento que só apareceu na região em fins do
século XIX, ainda que timidamente, não oferecendo trabalho suficiente para
aquela mão de obra expulsa do campo. |
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O Vêneto,
em 1866 passou a fazer parte do do Reino da Itália, comandado pela piemontesa
Casa de Savoia, que criou inúmeros problemas em toda a região. Entre eles a
proibição de uso das terras da Igreja, fonte de sustento de grande número de
pequenos agricultores, criadores de gado e lenhadores, os quais com o seu
trabalho, tiravam daqueles locais o sustento para suas famílias. Também a
criação de impostos abusivos, que puniam sempre os mais fracos, tornando-os
cada vez mais pobres. Entre esses odiosos impostos estavam a taxa sobre o
volume de grãos moídos, que era cobrado diretamente no moinho e a taxa sobre
a venda de sal. |
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O tipo de
relacionamento entre o capital e o trabalho, ainda herança da era medieval,
onde o patrão, dono da terra, detinha o controle quase total do empregado, ao
qual, sem leis específicas de proteção, só restava calar sempre, obedecer
sempre. |
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A vontade
de libertação do jugo do patrão, exercido ainda de forma medieval, juntamente
com a fome crônica que grassava na região, com a falta de perspectivas para o
futuro e, posteriormente, a ação desonesta de angariadores de mão-de-obra e
divulgadores do "el dorado" brasileiro, foram, sem dúvidas, as
causas mais próximas da grande emigração vêneta para o Brasil. |
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